Na vastidão do mundo, onde histórias se entrelaçam e destinos se desdobram, uma verdade resplandece com a mais profunda luminosidade: “a mulher é a alma do mundo”, como proclamado por De Castro (2024). Nenhuma outra afirmação poderia capturar a essência tão profundamente como esta.
Sim! “A mulher é a alma do mundo” é uma frase que expressa a importância e o papel significativo das mulheres na sociedade e no mundo em geral. Ela sugere que as mulheres desempenham um papel vital em todos os aspectos da vida, desde a família até a política, economia, cultura e além.
Essa frase reconhece o poder, a sabedoria, a compaixão e a influência das mulheres na criação e na sustentação da vida, tanto a nível individual quanto coletivo. Ela ressalta a ideia de que as mulheres têm uma capacidade única de nutrir, curar, inspirar e liderar. Senão vejamos:
Caminhemos pelas estradas poeirentas das antigas civilizações, onde a voz das mulheres ecoava nas sombras das pirâmides e nos corredores dos palácios. Nesses tempos remotos, autoras ocultas pela história, como Sappho na Grécia Antiga, desafiavam os limites de sua época, tecendo palavras que ecoam ainda hoje nos corações dos que buscam a verdadeira beleza.
Nos anais da literatura, encontramos em cada página o pulsar do mundo feminino. Jane Austen, com sua perspicácia sem igual, retratava os anseios e as lutas das mulheres em um mundo dominado por convenções sociais. Em “Orgulho e Preconceito”, ela delineava a jornada de Elizabeth Bennet, uma mulher cuja inteligência e coragem desafiavam as normas de seu tempo, tornando-se assim um farol de inspiração para gerações futuras.
Mas a alma feminina não se limita às páginas dos livros. Ela se ergue nas ruas, nos campos, nos escritórios e nos lares. A mãe que embala seu filho nos braços, sussurrando canções de ninar que atravessam os séculos com o poder do amor incondicional. A ativista que ergue sua voz em prol da igualdade, desafiando as correntes da injustiça com a força de sua determinação. A artista que pinta o mundo com as cores de sua própria alma, revelando a beleza oculta nos cantos mais sombrios da existência.
Sim, a mulher é a alma do mundo. Em sua essência, ela carrega o fogo da vida, moldando o presente e tecendo o futuro com os fios dourados da esperança. É ela quem dá à luz não apenas aos corpos, mas também às ideias, aos sonhos e às revoluções que transformam o mundo em um lugar mais justo e compassivo.
A mulher no contexto do terrorismo em Cabo Delgado
No contexto do terrorismo em Cabo Delgado, onde milhares de mulheres enfrentam violência extrema, privação e deslocamento forçado, a frase “A mulher é a alma do mundo” assume uma importância ainda mais profunda e urgente. Apesar das circunstâncias devastadoras que enfrentam, as mulheres de Cabo Delgado continuam a ser os pilares de suas comunidades, mantendo viva a chama da esperança, da resiliência e da humanidade.
Essas mulheres são forçadas a enfrentar desafios inimagináveis, desde a perda de entes queridos até a violência sexual e física, além da luta diária pela sobrevivência em meio ao caos e à destruição. No entanto, mesmo nas situações mais desesperadoras, elas permanecem como fontes de força e coragem, cuidando de seus filhos, apoiando uns aos outros e resistindo à opressão com uma determinação inabalável.
Enquanto fogem para as matas em busca de segurança, as mulheres de Cabo Delgado carregam consigo não apenas o peso de suas próprias vidas, mas também a responsabilidade de proteger e sustentar suas famílias e comunidades. Elas são as guardiãs da esperança, as portadoras da memória coletiva e as arquitetas do futuro, mesmo em meio à escuridão e ao desespero.
A mulher nas zonas rurais de África
Nas zonas rurais de África, onde as mulheres enfrentam múltiplas formas de privação e marginalização, a frase “A mulher é a alma do mundo” ressoa como um lembrete poderoso da importância vital dessas mulheres para o tecido social e cultural de suas sociedades. Apesar das dificuldades e das injustiças que enfrentam, as mulheres africanas continuam a desempenhar papéis fundamentais como cuidadoras, agricultoras, educadoras e líderes comunitárias.
Elas são as guardiãs dos conhecimentos tradicionais, os pilares da família e os catalisadores da mudança social. Mesmo quando são privadas de recursos básicos, oportunidades e direitos fundamentais, as mulheres africanas permanecem como agentes de transformação, lutando incansavelmente pela justiça, pela igualdade e pelo bem-estar de suas comunidades.
Portanto, ao reconhecermos a frase “A mulher é a alma do mundo” no contexto do terrorismo em Cabo Delgado e na situação das mulheres africanas nas zonas rurais, devemos não apenas honrar a resiliência e a determinação dessas mulheres, mas também comprometer-nos a apoiá-las em sua busca por justiça, igualdade e dignidade. Somente quando as vozes, os direitos e as necessidades das mulheres forem verdadeiramente valorizados e respeitados é que poderemos verdadeiramente afirmar que o mundo está em harmonia com sua alma.
Feliz dia internacional da Mulher
Kant de Voronha