O líder político moçambicano, Manuel de Araújo, chamou a atenção para a emergência de tendências autoritárias no país, durante um discurso recente veiculado pelas redes sociais. Araújo destacou a coragem crescente entre os jovens, que se manifestam contra os ditames absolutistas e grupistas de certos partidos políticos.
Em suas palavras, a fonte expressou preocupação com a ganância de indivíduos que, anteriormente, afirmavam lutar pela libertação da terra e dos homens, mas agora impedem a liberdade de expressão e o sustento dos cidadãos. Ele também observou sinais alarmantes entre os defensores da democracia, especialmente relacionados à não convocação de reuniões estatutárias em tempo hábil.
O político enfatizou que a possível intervenção judicial para exigir que a Renamo, principal partido da oposição, realize seu congresso nos próximos seis meses, poderia representar um golpe sem precedentes para a democracia moçambicana.
Araújo alertou para a emergência de comportamentos que desrespeitam a cultura, os costumes e as tradições milenares do povo moçambicano. Destaque vai para casos em que indivíduos estão negociando cemitérios de seus ancestrais com o capital internacional, além da negação das origens e da língua nativa.
Estes pronuncaimentos ocorrem em meio a um momento histórico e de crise para Moçambique. Com as eleições gerais marcadas para Outubro, coincidindo com um período de luto pela morte do Comandante Matsangaíssa na região da Gorongosa, Araújo ressaltou a importância de permanecer fiel aos ideais de coragem, sabedoria e patriotismo.
Refira-se que Manuel de Araujo é atual Edil da Autarquia de Quelimane, na Zambézia, tendo sido proposto para encabeçar a lista do Partido Renamo nas eleições de 11 de Outubro de 2023.
Redação