Por Ernesto Tiago_
É costume entre nós que após as eleições o vencedor torne-se invisível, cego, surdo e ainda mais desenvolva Alzheimer (perda de memória) voluntário de tal forma que os problemas que se propunha a resolver já não os vê, não os lembra, assim, o povo passando a percorrer os cinco anos da governação deste órfão e abandonado.
O abandono ao povo é uma realidade que Moçambique vem experimentando, pelo menos, desde as primeiras eleições para cá. O que é reflexivo nisso tudo é como o povo continua esperançoso e com fé. Na verdade, como Moisés na terra do Egipto, Deus encontrará um entre estes políticos, alguém com consciência e bolas no lugar que levará ao extermínio o exército do Faraó moçambicano, enquanto conduz o povo no mar vermelho em pé em chuto à uma nova era em Moçambique.
Os sequestros, raptos, fome, magro salário dos funcionários públicos, intimidação, péssimas condições de educação e saúde, falta de respeito às Leis precisam ter novas abordagens e tratamentos. Não faz sentido, que volvidos quase 50 anos de Independência, o País continue com uma onda crescente dos mesmos problemas. As televisões, rádios e jornais escritos merecem publicar coisa melhor.
Passam-se apenas alguns dias desde o arranque da Campanha Eleitoral em Moçambique rumo às eleições gerais presidenciais e legislativas. Os candidatos, hoje, comem, dançam, choram, caminham até peidam com o povo. A pergunta que não quer se calar em toda essa hipocrisia é: Até quando estes políticos permanecerão lado a lado com o povo? Porque a campanha nao significará mais nada, fora do cumprimento das regras, se todos os anos continuar não trazendo nada de novo.
A história precisa mudar. O hábito precisa ser revisto e o fazemos se mostrarmos a estes candidatos que os moçambicanos de ontem são consideravelmente diferentes dos de hoje. É preciso deixar que os conservadores continuem vivendo o seu tempo até que percebam que o fazem em um tempo que não os pertence.
Aproximadamente 50 dias separam este governo do próximo. É preciso perceber-se que a campanha não é um período para desenvolver intrigas, inimizades ou guerras, mas, uma oportunidade de rever os passados 5 anos e tomar uma decisão correcta no dia “D” como comumente é tratado o dia da votação.
Caros moçambicanos, eu também sou como vocês, mas, por favor, não vos deixeis levar pelo que dizem. Não deixemos que uma opinião nos escravize nos próximos 5 anos. Os políticos são assim, hoje, feitos cordeiros nos abraçam e, aparentemente, amam, mas, amanhã, serão esses mesmos que nos vão mandar lixar, já robustecidos e com comportamento de leão.
Escute a voz da consciência, ela nunca erra