
Por: Valdimiro Amisse
Nos últimos 45 dias que hoje terminam, Moçambique viveu o momento da campanha eleitoral, um espetáculo que se manifestou como uma peça de teatro repetida a cada cinco anos. Como se estivessem possuídos de um espírito renovado, nossos políticos saíram de suas torres de marfim e se lançaram no meio da população, para convencer o eleitorado. O cenário era quase comovente: eram vistos em igrejas, nas praças, nas comunidades, onde dançavam, cantavam e partilhavam refeições com os que, por muito tempo, foram esquecidos.
Mas, ah, como somos nostálgicos! O cenário da festa, onde as promessas de pão e de emprego se misturam às esperanças de um povo que tanto quer mudança. Essas aparições políticas, adornadas de sorrisos e abraços, parecem um milagre. Contudo, a pergunta que persiste em nossos corações é: onde estarão esses “bons samaritanos” depois que a poeira da campanha passar?
Quantas vezes já vimos este filme? As promessas feitas em tempos de eleição têm o mesmo peso que um sorriso forçado. Será que, assim que as urnas forem fechadas e os resultados anunciados, esses políticos voltarão às suas rotinas de isolamento, à distância que sempre mantiveram da realidade do povo? O que parece ser um gesto de solidariedade e compaixão, pode rapidamente se desvanecer em promessas não cumpridas e políticas desinteressadas.
E quem pode culpá-los? A vida política em Moçambique é um campo de batalha onde a ética frequentemente é sacrificada em prol de ambições pessoais. Os mesmos que hoje se apresentam como mópoli, muitas vezes se tornam os lobos, esquecendo-se das promessas feitas. O que podemos esperar deles, se não forem capazes de ver além do próximo ciclo eleitoral?
Por isso, neste 09 de outubro, quando formos às urnas, que possamos lembrar que o verdadeiro bom samaritano não é aquele que faz promessas vazias, mas sim aquele que, após as eleições, continua a se preocupar com a vida do próximo. Que possamos escolher líderes que, além de dançar e cantar, estejam dispostos a trabalhar pela real transformação de Moçambique, mesmo quando a luz da campanha se apagar.
É tempo de refletir: o povo de Moçambique, que sempre acreditou em milagres, não deve permitir que se tornem apenas mais uma lembrança nas memórias dos tempos de eleição. É hora de exigir que esses bons samaritanos continuem a ser agentes de mudança, mesmo quando os holofotes e as câmeras se apagarem.
Ser Pobre Não É Defeito
Saudações efusivas, primeiro é de parabenizar ao meu homólogo Valdimiro Amisse, a pergunta que não se quer calar é a seguinte: Oque será desse Moçambique nos próximos cinco anos? Caminhamos a par e passo ao escrutínio no dia 09 de Outubro corrente, antes de votarmos, devemos olhar a poeira que sentimos nesses últimos, Moçambique está mal, precisamos de um líder que irá fazer mudança, dizem que é um estado de direito democrático, mas de democracia não tem nada, que País é esse? Onde não há oportunidades de emprego para os jovens, que país é esse? Onde se não teres costas quentes irás sentir o cheiro! Ahhh prezados, sabeis escolher no dia 09 de Outubro.