
Por Valdimiro Amisse
Duas unidades fortemente armadas do Ministério do Interior de Moçambique, a Unidade de Intervenção Rápida (UIR) e a Polícia de Proteção, invadiram nesta manhã a delegação provincial da Coligação Aliança Democrática (CAD)/PODEMOS em Nampula. O incidente ocorreu em meio a um clima de crescente tensão eleitoral na cidade, gerando preocupação entre os membros da coligação e a população.
Segundo informações da Polícia da República de Moçambique (PRM), o destacamento policial foi mobilizado com o objetivo de proteger Venâncio Mondlane, candidato do partido PODEMOS, que, de acordo com a corporação, estaria sob ameaça. A PRM justificou a ação como uma medida preventiva para garantir a segurança tanto do candidato quanto das instalações da delegação da CAD.
Apesar da justificativa policial, Mondlane recusou a proteção assim que chegou a Nampula, afirmando que não havia solicitado tal intervenção. Fontes próximas ao candidato indicam que ele considerou a presença das forças armadas excessiva e desnecessária, o que gerou ainda mais tensão no ambiente político já carregado.
O incidente ocorre em um contexto de sensibilidade eleitoral, com manifestações e atos políticos a ocorrer em diferentes pontos de Nampula. A intervenção das forças de segurança levantou questionamentos por parte de membros da CAD e do PODEMOS, que enxergam na ação um possível ato de intimidação contra a coligação e seus simpatizantes.
O cenário político em Nampula continua tenso, e a expectativa é que o processo eleitoral possa trazer novos desdobramentos nos próximos dias. Até o momento, a PRM mantém sua posição de que a operação foi meramente preventiva, visando evitar qualquer tipo de violência ao candidato presidencial VM7.