
Por: Valdimiro Amisse
É domingo de manhã, e o despertador toca. Pego o celular, olho para o horário e a pergunta surge: “Vou fazer o que na igreja?”. Alguns diriam que é o momento de rever amigos, outros pensam que é só para cumprir uma obrigação semanal. Mas, será que sabemos mesmo o propósito de estar ali?
A igreja, para muitos, já se tornou um ponto de encontro social. Há quem vá para ouvir as músicas, cumprimentar o padre, ou até para atualizar as novidades. No entanto, esquecemos que a igreja é muito mais do que paredes e bancos; é um espaço onde nossa alma encontra um sopro de paz e refúgio. Ir à igreja não deveria ser apenas um costume, mas um chamado para estar em comunhão com algo maior que nós.
Talvez ir à igreja seja uma forma de buscar o que nos falta. Porque, lá no fundo, todos temos uma sede interior, uma necessidade de respostas e um desejo por algo que a vida diária não sacia. É nesse espaço que, entre uma oração e outra, entre o silêncio e a reflexão, nos encontramos com nossa própria humanidade e sentimos o toque da graça.
Mas, ironicamente, às vezes, a resposta para o “vou fazer o que na igreja?” está nas ações que tomamos fora dela. Se entramos no templo e ouvimos sobre o amor ao próximo, mas depois saímos e criticamos, julgamos e esquecemos a compaixão, então, talvez, o que ouvimos ainda não saio no nosso coração.
Ir à igreja, portanto, deveria ser mais do que um ritual semanal; deveria ser o despertar de uma nova atitude, de uma vontade genuína de melhorar e transformar o mundo ao nosso redor. Assim, da próxima vez que essa pergunta surgir – “vou fazer o que na igreja?” – talvez a resposta seja: vou reencontrar a minha fé, vou refletir sobre minha vida, e vou me fortalecer para fazer a diferença, porque essa é a verdadeira missão de quem busca a paz e a transformação.
E você? O que vai fazer na igreja?
Ser Pobre Não é Defeito