Por Kant de Voronha
Nampula – Em conferência de imprensa realizada na tarde de hoje, o líder da Renamo, Ossufo Momade, fez duras críticas ao parlamento moçambicano e à Procuradoria-Geral da República, acusando-os de manterem silêncio face à instabilidade sociopolítica que afeta o país. Momade questionou a imparcialidade dos órgãos de justiça e pediu medidas concretas para garantir a transparência eleitoral.
O líder da oposição exigiu a anulação imediata e a retirada dos resultados das eleições de 9 de outubro, afirmando que o processo “não refletiu a vontade legítima do povo”. Momade apontou irregularidades antes, durante e após o pleito, reforçando a necessidade de uma análise imparcial por parte das instituições competentes.
A Renamo defende a criação de um governo de gestão como solução transitória, enquanto o país se prepara para eleições livres e justas. Além disso, propõe a dissolução do atual modelo de gestão eleitoral, alegando que mudanças estruturais são indispensáveis para restaurar a confiança dos eleitores.
“Em tempos de crise, a resiliência de uma nação manifesta-se na capacidade de corrigir os erros do passado”, afirmou Momade, apelando para que os órgãos da justiça atuem com imparcialidade, promovendo a justiça eleitoral como pilar da democracia.
O discurso reflete as tensões crescentes em Moçambique, num momento em que a oposição intensifica a pressão por reformas no sistema político e eleitoral do país.