Por: Vágner Alberto
Mogovolas, Nampula – Os formadores provinciais de Membros de Mesa de Voto (MMVs) em Mogovolas estão a exigir o pagamento dos subsídios acordados, após um longo período de espera que já ultrapassa dois meses. Segundo o contrato assinado, o prazo para a canalização dos valores era de 30 dias, de 21 de setembro a 21 de outubro. No entanto, até à data, não houve qualquer sinal de pagamento, o que tem gerado grande descontentamento entre os formadores.
Durante a formação destinada a futuros formadores, os profissionais não receberam qualquer subsídio, e essa situação agrava ainda mais a insatisfação. Os formadores dedicaram tempo e esforço para preparar-se para a tarefa, mas sentem-se desvalorizados e ignorados pela entidade contratante, que neste caso é o STAE (Secretariado Técnico de Administração Eleitoral). A falta de compensação financeira durante a formação levanta questões sobre a ética e a responsabilidade das instituições envolvidas.
Além da ausência de pagamento, os formadores relataram que durante a execução da actividade, nem mesmo água foi disponibilizada. Essa negligência não apenas comprometeu a qualidade da formação, como também refletiu uma falta de consideração pelo bem-estar dos profissionais. Os formadores expressam a sua indignação e afirmam que a situação é inaceitável, especialmente em um contexto onde a preparação para as eleições deve ser tratada com seriedade.
Em conversas mantidas entre os formadores, muitos lamentam a atitude do STAE e dos órgãos eleitorais, que, segundo eles, deveriam ter garantido condições adequadas para a realização da actividade. A falta de comunicação e apoio por parte das autoridades eleitorais é vista como um sinal de desprezo pelo trabalho dos formadores, que desempenham um papel crucial na preparação das eleições. Essa desconsideração tem gerado um clima de frustração e desconfiança.
Alguns formadores, que preferiram manter-se anónimos, ameaçam entrar em greve caso a situação não seja resolvida rapidamente embora com contratos vencidos.
A falta de ação por parte das autoridades pode levar a uma escalada do conflito, resultando em consequências negativas para todos os envolvidos. É fundamental que o STAE tome medidas imediatas para resolver a situação e restabelecer a confiança dos formadores na entidade.
Por fim, a situação dos formadores de MMVs em Mogovolas levanta questões sérias sobre a gestão e o compromisso dos órgãos eleitorais em respeitar os acordos estabelecidos. A valorização dos profissionais envolvidos no processo eleitoral é essencial para garantir a eficácia e a credibilidade das eleições. A comunidade espera que as autoridades reconheçam a importância dos formadores e tomem as medidas necessárias para resolver esta crise.